Para além desta vertente simbólica, encontra-se associada à obra a vontade de desenvolver uma peça com uma forte plasticidade formal e visual, e impactante no contexto urbano. Uma obra que pudesse dialogar com a especificidade do local e ao mesmo tempo fosse moderna e actual.
O desenvolvimento da forma surgiu da análise da plasticidade do Jornal, enquanto objecto em papel.
A materialização da proposta consiste na modelação de placas em policarbonato compacto cristal de 1mm espessura, com vinil espelhado prata contracolado num das faces. Foram desenvolvidos 5 módulos distintos (diferentes dimensões) que distribuídos na fachada, permitem criar um efeito visual composto e dinâmico.
As placas são manipuladas de modo a assumirem a forma de meios círculos e pontualmente são colocadas placas planas, criando um efeito visual inspirado no jornal com folhas abertas.
As placas serão fixas mecanicamente, por aparafusamento, em calhas de fixação em chapa existentes da estrutura de suporte da obra. A estrutura de suporte será fabricada em perfis tubulares em ferro galvanizado, devidamente decapados e com metalização corrente. Esta estrutura de suporte será fixa na fachada principal do edifício nas áreas de panos de alvenaria, evitando assim danificar os elementos decorativos em pedra.
Em suma, a obra REFLEXIVA, tira partido da utilização de um material simples mas com uma forte componente visual, devido às suas característica reflectantes, à sua dimensão e modo como as placas são manipuladas volumetricamente. Acreditamos por isso, que aliado ao impacto visual, a componente simbólica irá tornar esta obra um reflexo de modernidade, criatividade e dinâmica (embora sendo uma estrutura estática), no quotidiano das pessoas que frequentam esta Rua de Santa Catarina.